Todo mundo conhece a Lapa como o reduto da boemia e da malandragem carioca. Quem assistiu o filme A Ópera do Malandro, por exemplo, lembra-se de imediato do bairro. Só que os tempos mudaram e a malandragem, os bordéis e os botecos pés-sujos foram dando lugar a empresas, residências e casas de show refinadas. A Lapa de hoje mistura o sagrado e o profano em doses muito mais homogêneas que há tempos atrás.
Embora a mudança seja sentida de fato há alguns poucos anos, o meu compositor preferido (sou fanática mesmo, eu assumo) Chico Buarque de Hollanda previu no final da década de setenta a extinção do malandro made in Lapa. O malandro de chapéu panamá e canivete na cintura deu lugar a estereótipos muito comuns nos tempos atuais. Só ouvindo mesmo a música "Homenagem ao malandro", composta em 1977, para constatar que Chico previra corretamente a transformação do malandro brasileiro:
Bons tempos da antiga malandragem carioca...
Ótimo domingo!
Um comentário:
A malandragem ainda vive, todavia, ela está adaptada a novos tempos, desta forma,o Malandro no meu humilde ponto de vista é aquele carioca que curte o Rio de Janeiro, praias, samba,Lapa, Santa Teresa, Pedra do Sal, Beco do Rato,O samba de sábado da Rua do Ouvidor, entres outros lugares sagrados, sendo assim, a ilustre Roberta Matoso pode se considerar facilmente uma " Malandra conteporânea", pois ela como ninguém sabe ser feliz na Cidade Maravilhosa, coisa de malandro.
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