Suburblues na Lapa

Com shows que tentam sempre resgatar o clima característico do eletric blues dos anos 70, a banda Suburblues busca atingir a linha tênue que separa o chamado "classic rock" do "Root's blues” acústico do delta do Mississipi. Para isso, flerta ao mesmo tempo com o tradicional e o novo ao interpretar canções marcantes, eternizadas nas vozes de BB King, Willie Dixon, Etta James, Albert King, Janis Joplin e Freddie King, entre outros. Com mais de 20 anos de estrada, a Suburblues tem grande prestígio no Rio de Janeiro e é com essa bagagem musical que o grupo chega para o show do dia 22 de outubro (sexta-feira), às 21h, no Rio Rock & Blues Club, na Lapa. A banda participa do primeiro festival de blues promovido pela casa, que terá, na mesma noite, Blues Lounge com a banda Salina Blues, Rio Rock & Blues Band e Big Gilson. Longe de uma concepção purista e estigmatizada, o grupo representa um blues contemporâneo, buscando sempre uma sonoridade própria nas leituras que faz de clássicos como "Turtle Blues" (Janis Joplin), "Woke up this morning" (Freddie King), “Cross cut Saw (Tommy McClennan), “In the middle of the night” (Billy Joel), além de composições próprias, como "Bigorna" e "Blues Dog Shuffle”, todas incluídas no repertório que será apresentado no show do Rio Rock & Blues Band. Uma noite, aliás, que pode ser considerada um aquecimento especial para mais um importante passo da carreira: a Suburblues será a banda de abertura do show da cantora Corinne Bailey Rae no dia 6 de novembro na HSBC Arena. A Suburblues surgiu em meados de 1988, quando cinco músicos amantes do blues e moradores do Méier se reuniram para fazer o som que mais influenciou o rock dos anos 70: o blues. “O rock setentista ‘bebeu’ diretamente da fonte do blues.”, lembra Mauricio Silveira, cantor e guitarrista, membro mais antigo do grupo. Hoje com Stefania Blink (vocal), Jean Campelo (baixo), Marcio Loureiro (guitarra/teclado), Mac Willian (bateria), Alexandre Barcelos (guitarra), além de Mauricio, a Suburblues tem um público que cresce ano após ano. “Os amantes do blues, em especial aqui no do Rio, são excelentes formadores de opinião e também são muito fiéis. Nossa intenção, ou melhor, nossa pretensão, é abranger um número de pessoas cada vez maior, para inclusive alcançar outras faixas de público”, diz Mauricio.

Serviço SUBURBLUES – A banda toca clássicos no primeiro festival de blues da casa. Após o show, o guitarrista Big Gilson se apresenta no mesmo palco. Rio Rock & Blues Club/Palco Club (Rua do Riachuelo, 20 – 3684-1091). Sexta, às 21h. R$ 80 (acesso para todos os palcos) e R$ 120 (camarote VIP).