Ontem, saindo do trabalho, resolvi dar uma parada pra tomar um choppinho gelado lá no Barbieri e comecei a pensar por que diabos as pessoas curtem a Lapa (eu, por exemplo, me incluo nessa lista). Fiquei pensando por que eu sento pra beber no Barbieri e não no Mofo, por que eu frequento tanto o Rio Scenarium e quase nunca compareço ao Lapa 40º, etc. A resposta veio logo: questão de gosto, baby. Questão de gosto...
O único ponto que posso ser unânime comigo mesma é a de que a Lapa tem um charme especial. Não o charme da zona sul, das ruas limpinhas e dos barzinhos pé-limpos. A Lapa mesmo com todos o problemas visíveis a olho nú exerce um encanto para quem gosta de beber e de ouvir música...como eu.
Na verdade, o que me encanta é o que nasce e o que se produz por lá. A Lapa, berço da cultura carioca, hoje pode ser também considerada uma estufa cultural. Tudo que há de mais genuíno na nossa cultura, a Lapa mantém viva e com muito zelo. É isso. É essa cultura estampada nas pessoas, nos trajes, no comportamento da moçada, na viola dos músicos, na voz dos artistas e poetas que fazem o local ser assim, especial.
Tem gente que me pergunta como eu consigo frequentar tanto aquela meia dúzia de ruas composta por gringos, putas, ripongas, universitários, artistas, bêbados, loucos, mendigos, homens sarados, jornalistas,... Bem, não me enjoei até agora. E acho que o enjoo não virá nunca porque gostar de beber em plena segunda observando os quadros bacanas do bar, francamente! Essa é uma doença sem cura, pode apostar...
2 comentários:
Maneirissimo teu blog. Gostei daqui, muito bom.
.
Maurizio
A Lapa é a Lapa, e morar ali, é algo sem explicação. Entende o que é sair do trabalho querendo cama e quando você chega perto de casa você quer um banho pra descer e passar pelos lugares pra ver onde entrar?
Beijo
Postar um comentário